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03 jul 2017

Bezerros: vai desmamar? Vai repor? E agora? Vai deixa-lo ficar 6 meses perdendo peso?

Potencialize os lucros com “sequestro” de bezerros.

Zoo.Esp. Gustavo Carneiro do Amaral, sócio-diretor da ALCANCE

Eng.Agr. Marcos Pereira dos Santos, trainee Equipe ALCANCE

O “sequestro” de bezerros é uma estratégia cada vez mais adotada em fazendas que vem buscando tecnologias que aumentem o lucro. Visto que, no Brasil 80% dos bezerros são desmamados na época das secas, essas estratégias podem ser adotadas com sucesso.

Bezerros

Nesse período o alimento pasto não tem capacidade de proporcionar ganho de peso satisfatório para essa categoria. Para isso, ao invés de manter

os bezerros desmamados em pastos extensivos, secos e sem qualidade como se faz em sistemas tradicionais, esses animais devem ter acesso a uma alimentação com proteico energético em sistemas de pastejo irrigado, áreas de integração lavoura x pecuária com palhada de braquiária, ou em confinamentos com silagem de capins tropicais: Mombaça, Tanzânia, MG5, Braquiarão, Sorgo ou Milho. Feito isso, o retorno ao pasto no período das águas pode ser somente com sal mineral ou ainda continuar com a suplementação energética para não perder o embalo do ganho proporcionado por esse modelo na seca.

 

Fazenda Bocalon em Cristalina-GO com sistema de Sequestro Major.

Em tempos de crise, sistemas que intensifiquem o ganho de peso e aumentam a lucratividade são importantes para proporcionar maior lucratividade na pecuária. Essa estratégia tem a vantagem de terminar o boi mais rapidamente, pois potencializa o ganho de peso dos bezerros recém-desmamados.

Nesse sentido, é realizado pela Fazenda Barreiro, na região de Unaí, MG, o “sequestro” por confinamento em 100% dos bezerros desmamados e comprados por essa propriedade. Os animais são alimentados com silagem de milho e proteinado com consumo de 4 g/kg de peso vivo. Na tabela abaixo é demonstrado os resultados obtidos por essa propriedade, e resultados obtidos em algumas propriedades acompanhadas pela Alcance Rural em outros sistemas de “sequestro”.

lavoura x pecuaria

Apesar do maior custo com alimentação, essa estratégia encurta o tempo de recria convencional e gera mais receita ao pecuarista. Alternativas como essa devem sempre ser usadas, principalmente em tempos de crise, pois alavancam o retorno do capital investido, aumentam a taxa de desfrute e maximizam o lucro.

05 jun 2016

Dia de campo: Produção intensiva em pasto adubado – Fazenda Serrinha

producao-intensiva_clip_image004Tiago de Miguel Felipini – Consultor e Socio-Diretor da Alcance Rural

Produzir mais e melhor sem aumentar a área de pasto da fazenda foram as grandes questões discutidas em mais um dia de campo realizado pela parceria entre Alcance Consultoria e Planejamento Rural e Multiagro. O tema intensificação da produção a pasto foi bastante debatido entre os participantes no evento realizado dia 04 de maio de 2013.

Palestra lecionada pelo Sócio/diretor Gustavo Carneiro do Amaral
Alcance Consultoria e Planejamento Rural

A adubação e manejo de pastagem como forma de intensificação da produção a pasto atraíram cerca de 40 produtores rurais à fazenda da Serrinha, situada no município mineiro de Coração de Jesus, na região norte do estado. A fazenda possui uma área total de 820 hectares, destes, 425 hectares são áreas efetivamente empastada, dividida em 43 piquetes de Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria decumbens e Andropogon formando módulos para pastejo rotacionado.

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Piquete com pasto adubado – Faz. Serrinha
Alcance Consultoria e Planejamento Rural

A região norte do estado, comparada a outras regiões de pecuária no Brasil, apresenta histórico de pouca chuva, com o período chuvoso concentrado em 5 meses do ano e presença de veranicos constantes durante a época chuvosa, além de duas grandes secas a cada 10 anos, tornando o desafio ainda maior para se produzir, intensivamente, carne a pasto exigindo melhor organização e mais conhecimento técnico do produtor.
Dados climáticos de Montes Claros, situada a 30 km de Coração de Jesus, onde a fazenda está localizada, servem como base para a tomada de decisão e elaborar metas de produção ao longo do ano.
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No gráfico abaixo é possível observar o balanço hídrico negativo em grande parte do ano, sendo o maior entrave para a produção em sequeiro na região.
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Apresar dos grandes desafios, a propriedade vem conseguindo êxito na produção a pasto, graças, principalmente, a um trabalho de acompanhamento técnico iniciado a 8 anos, assistido pela Alcance Rural. Trabalho esse que está longe de terminar, com metas cada vez mais arrojadas a serem alcançadas no futuro não muito distante. Segundo palavras do zootecnista Gustavo Carneiro do Amaral, toda infraestrutura para deixar a propriedade apta para o processo de intensificação a pasto está pronta, inclusive a intensificação já começou. Pontos como a redivisão de pastos grandes em módulos de piquetes para pastejo rotacionado menores, calagem das áreas com pH baixo e presença de alumínio, combate das plantas invasoras nas pastagem e recuperação e formação de novas áreas de pastagem foram concluídos, e agora o produtor trabalha com novas metas, como a adubação estratégica para taxas de lotação cada vez mais arrojadas. O objetivo é trabalhar com a lotação bem próxima ao limite que o balanço hídrico da região permite. A capacidade de suporte potencial foi calculada a partir de um modelo matemático que leva em consideração dados de pesquisas compilados, originando um método capaz de prever a capacidade suporte de acordo com os dados climáticos da região, como no gráfico abaixo, utilizando dados de Montes Claros – MG.
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Potencial Produtivo em Unidade Animal por hectare.
Alcance Consultoria e Planejamento Rural

Consultando dados da literatura publicados por Aguiar 2005, nos permite ter uma ideia do potencial da fazenda, principalmente quando unimos técnicas como a adubação de pastagem e a suplementação animal. No caso da fazenda Serrinha, a capacidade de suporte prevista é de 2,78 UA/há/ano (lembrando que a média brasileira gira em torno de 0,8 UA/há/ano) exclusivamente a pasto com suplementação proteica estratégica no período da seca. Porém se implementamos um programa de suplementação mais arrojado essa produção pode aumentar ainda mais, como nos dados da tabela abaixo, em que se compara alguns graus de intensificação a pasto.

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A diferença na produção de arrobas nos sistemas é 16 vezes superior, refletindo em um lucro maior, igualmente proporcional à produção de arrobas. O sistema extensivo degradado, mais comum no Brasil, é a mesma pecuária praticada na década de 70 onde o valor pago pela arroba era 3 vezes maior que o atual (se transformamos o valor na moeda da época para o atual levando em consideração o poder de compra), já o sistema intensivo, trabalha explorando o potencial do sistema, solo, clima, planta e animal a fim de produzir em grandes escalas reduzindo os custos fixos e custos de oportunidade do capital empatado, tornando o negócio mais competitivo.
O ponto chave no processo de intensificação da produção a pasto é a adubação de pastagem. De acordo com a literatura, existem algumas formas de se calcular a adubação, que vão desde boletins até métodos de elevação de nutrientes no solo de acordo com parâmetros da análise de solo, como a CTC, no caso do potássio. Porém a fazenda utiliza o método conhecido como Balanço de Massa, que foi desenvolvido levando em consideração todo o sistema, como clima, solo, teor de matéria orgânica, animal etc. Com o princípio de somente aplicar no solo a quantidade exata de nutrientes que a planta necessita para produzir a quantidade de matéria seca por hectare/ano pré estabelecida como meta de produção, essa técnica nos permite economia com adubação, podendo chegar a 50%, sem perda na produção, já o capital economizado poder ser revertido para outros investimentos importantes. A tabela abaixo mostra um dos parâmetros utilizados para se calcular a adubação, porém com o método do balanço de massa, esse modo de cálculo se torna ultrapassado.

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Em um sistema cada vez mais intensivo o erro não é permitido e técnicas necessárias como a correção e adubação descritas acima, devem ser planejadas em cima de um respaldo técnico. Para aumentar a eficiência de produção intensiva em pastagem adubada outros pontos devem receber atenção especial como o manejo correto da forragem, controle sanitário do rebanho (mais eficiente devido ao aumento do número de animais por área) e a suplementação mais condizentes com a metas de ganhos entre vários outros pontos fundamentais a serem planejados no sistema. A Alcance Rural, que possui vasto conhecimento nos assuntos que envolvem este sistema, em vários estados brasileiros, fornece suporte para todas essas questões além de outras medidas a fim de possibilitar o produtor alcançar altas taxas de produção por hectare e maior lucratividade, objetivo principal do negócio.

Contatos:
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tiago@alcancerural.com.br / leonardo@alcancerural.com.br
Telefone: (38) 3214 0892